sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Semana Catequética: 4º Dia - CATEQUESE E LITURGIA

Ontem 31/1, o tema abordado foi: CATEQUESE E LITURGIA, com Pe. Victor Moreira - da Paróquia São Paulo Apóstolo - Vila São Paulo.

Eis o texto do material que ele apresentou para nós.

1) SEMANA CATEQUÉTICA 2019 - REGIÃO PASTORAL FERRAZ DE VASCONCELOS
Tema: CATEQUESE E LITURGIA, Pe. Victor Almeida M. da Silva (Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo)
2) CATEQUESE E LITURGIA
Iluminação Bíblica: Lc 24,13-35
·        Introdução
·        O que é Liturgia?
·        O que é Catequese?
·        O caminho que leva à integração da Catequese e Liturgia;
·        A Catequese a serviço da Liturgia
·        Ação litúrgica como Catequese
·        Da catequese doutrinal para uma Catequese Mistagógica;
3) INTRODUÇÃO
“Não ardia o nosso coração quando pelo caminho nos falava e explicava as escrituras?”
O conhecido texto do “Discípulos de Emaús” é um convite para que possamos olhar a Catequese e a Liturgia como formas essenciais da vida da Igreja, pois nos coloca no centro da vivência que cristã, que é o...
4) ... MISTÉRIO PASCAL de Jesus Cristo.
Pois é neste Mistério que se direciona todas as ações da Igreja, e de onde brota toda a sua força. Por isso, o Mistério Pascal é a nossa referência.
5) A CATEQUESE E A LITURGIA SE ENCONTRAM NA VIDA CRISTÃ...
... se tiverem como centro o Mistério Pascal, que une e dá sentido a elas.
Sendo assim, o nosso objetivo é buscar compreender a natureza própria de cada uma delas, e procurar encontrar um ponto de convergência que nos possibilite ver a real necessidade de unidade e integração das duas dimensões, e assim, fomentar a vivência cristã dentre de nossas comunidades.
6) O QUE É LITURGIA?
O Concílio Vaticano II (11 de outubro de 1962 a 08 de dezembro de 1965) na Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia afirma que a liturgia “é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte que brota sua força”. (SC 10)
7) O QUE É LITURGIA?
A palavra LITURGIA tem sua origem da língua grega e é composta por duas raízes:
        LIET – LEOS – LAOS: povo, público, ação feita para o povo e/ou em favor do povo.
        URGIA (ergom): Operar, produzir, ação, trabalho, serviço.
Traduzindo literalmente LITURGIA significa:
“Uma ação do povo ou em favor do povo”
8) O QUE É LITURGIA?
Sendo assim, o povo deve tomar parte da Liturgia, não apenas “assistir” sem entender nada. A Liturgia dentro de um olhar religioso é uma “ação do povo batizado, que é chamado ao louvor de Deus e a transformação e a santificação da vida e da história.”
Nesse sentido, segundo a SC o povo deve participar da liturgia de forma ATIVA, CONSCIENTE, PLENA e FRUTUOSA.
9) O QUE É CATEQUESE?
Já a palavra CATEQUESE também é de origem grega de duas palavras:
        KÁTA = a partir de
        ECHOS = voz, fala, eco.
Literalmente significa: “FAZER ECOAR”
Sendo assim, a catequese “faz ecoar” a Palavra de Deus na pessoa de Jesus Cristo, na e a partir da experiência Pascal vivida na Liturgia.
10) O QUE É CATEQUESE?
A Catequese é acima de tudo anúncio de Jesus Cristo, que deve ser o ponto de referência de todo o conteúdo catequético.
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.
(Papa Bento XVI)
11) O CAMINHO QUE LEVA À INTEGRAÇÃO DA CATEQUESE E LITURGIA
Podemos ver que há uma unidade entre os dois termos, a Catequese antecede a Liturgia, ou seja, prepara para a celebração dos mistérios.
“A catequese como educação da fé e a liturgia como celebração da fé, são duas funções da única missão da Igreja”. (DNC)
Ø   PALAVRA (catequese) / MEMÓRIA (liturgia) / TESTEMUNHO (missão)
12) A CATEQUESE À SERVIÇO DA LITURGIA
Se a catequese prepara para a celebração dos mistérios, é sua tarefa “INICIAR” os catecúmenos e/ou catequizandos nos sinais litúrgicos e por eles introduzi-los no Mistério Pascal.
“Sem o conhecimento do significado, os ritos ficariam esvaziados”. (DNC)
A Catequese deve educar os fiéis para a ORAÇÃO, o AGRADECIMENTO, a PENITÊNCIA, a VIVÊNCIA COMUNITÁRIA e a LINGUAGEM SIMBÓLICA.
13) O DIRETÓRIO NACIONAL DA CATEQUESE no n.º 121 entende a catequese litúrgica como:
“aquela que prepara aos sacramentos e ajuda vivenciá-los: leva a uma maior experiência do mistério cristão. Ela explica o conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação ativa, à contemplação e ao silêncio.”
14) O DOCUMENTO DA CATEQUESE RENOVADA AFIRMA:
“A Liturgia, com sua peculiar organização do tempo (domingos, períodos litúrgicos como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa etc.) pode e deve ser ocasião privilegiada de Catequese, abrindo novas perspectivas para o crescimento da fé, através de orações, reflexão, imitação dos santos, e descoberta não só intelectual, mas também sensível e estética dos valores e das expressões da vida cristã.” (CR, n.º 90)
15) AÇÃO LITÚRGICA COMO CATEQUESE
v  Pelo Ministério da Palavra
v  Pela Homilia
v  Pelas Orações
v  Pelos Cantos e a Música
v  Pelo ambiente litúrgico
Em síntese, a melhor catequese sobre a liturgia é a própria celebração litúrgica quando bem celebrada. Que faz com que a haja uma catequese permanente.
16) DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Quando há uma verdadeira interação entre Catequese e Liturgia se insere à comunidade numa “pedagogia, uma mística, que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus.” (Doc. 107)
Isso faz com que saímos de uma catequese puramente doutrinal e entremos numa catequese mistagógica, ou seja, que ajude a rezar o Mistério celebrado, como nos afirma o Papa Francisco na Evangelii Gaudium, n.º 106.
17) DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
“Uma característica da catequese, que se desenvolveu nas últimas décadas, é a iniciação mistagógica, que significa essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência formativa na qual intervém toda a comunidade e uma renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.
18) DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Tudo isso para que o cristão do século XX seja um verdadeiro místico, como proferiu o Teólogo alemão Karl Rahner (1904-1984): “O cristão do século XXI ou será místico ou não será cristão”, completando, a seguir:
“Desde que não se entenda por mística fenômenos parapsicológicos raros, mas uma experiência de Deus autêntica, que brota do interior da existência”.

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