Ontem 31/1, o tema abordado foi: CATEQUESE E LITURGIA, com Pe. Victor Moreira - da Paróquia São Paulo Apóstolo - Vila São Paulo.
Eis o texto do material que ele apresentou para nós.
1) SEMANA CATEQUÉTICA 2019 - REGIÃO PASTORAL
FERRAZ DE VASCONCELOS
Tema: CATEQUESE E LITURGIA, Pe. Victor Almeida M. da Silva (Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo)
Tema: CATEQUESE E LITURGIA, Pe. Victor Almeida M. da Silva (Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo)
2)
CATEQUESE E LITURGIA
Iluminação Bíblica: Lc 24,13-35
·
Introdução
·
O que é Liturgia?
·
O que é Catequese?
·
O caminho que leva à integração da Catequese e
Liturgia;
·
A Catequese a serviço da Liturgia
·
Ação litúrgica como Catequese
·
Da catequese doutrinal para uma Catequese
Mistagógica;
3)
INTRODUÇÃO
“Não ardia o nosso coração quando pelo caminho
nos falava e explicava as escrituras?”
O conhecido texto do “Discípulos de Emaús” é um
convite para que possamos olhar a Catequese e a Liturgia como formas essenciais
da vida da Igreja, pois nos coloca no centro da vivência que cristã, que é o...
4)
... MISTÉRIO PASCAL de Jesus Cristo.
Pois é neste Mistério que se direciona todas as
ações da Igreja, e de onde brota toda a sua força. Por isso, o Mistério
Pascal é a nossa referência.
5)
A CATEQUESE E A LITURGIA SE ENCONTRAM NA VIDA CRISTÃ...
... se tiverem como centro o Mistério Pascal, que
une e dá sentido a elas.
Sendo assim, o nosso objetivo é buscar compreender
a natureza própria de cada uma delas, e procurar encontrar um ponto de
convergência que nos possibilite ver a real necessidade de unidade e integração
das duas dimensões, e assim, fomentar a vivência cristã dentre de nossas
comunidades.
6)
O QUE É LITURGIA?
O Concílio Vaticano II (11 de outubro de 1962 a 08
de dezembro de 1965) na Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a
Sagrada Liturgia afirma que a liturgia “é o cume para o qual tende toda a
ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte que brota sua força”. (SC 10)
7)
O QUE É LITURGIA?
A palavra LITURGIA tem sua origem da língua grega e
é composta por duas raízes:
•
LIET – LEOS – LAOS: povo,
público, ação feita para o povo e/ou em favor do povo.
•
URGIA (ergom): Operar, produzir,
ação, trabalho, serviço.
Traduzindo literalmente LITURGIA significa:
“Uma ação do povo ou em favor do povo”
“Uma ação do povo ou em favor do povo”
8)
O QUE É LITURGIA?
Sendo assim, o povo deve tomar parte da Liturgia,
não apenas “assistir” sem entender nada. A Liturgia dentro de um olhar
religioso é uma “ação do povo batizado, que é chamado ao louvor de Deus e a
transformação e a santificação da vida e da história.”
Nesse sentido, segundo a SC o povo deve participar
da liturgia de forma ATIVA, CONSCIENTE, PLENA e FRUTUOSA.
9)
O QUE É CATEQUESE?
Já a palavra CATEQUESE também é de origem grega de
duas palavras:
•
KÁTA = a partir de
•
ECHOS = voz, fala, eco.
Literalmente significa: “FAZER ECOAR”
Sendo assim, a catequese “faz ecoar” a Palavra de
Deus na pessoa de Jesus Cristo, na e a partir da experiência Pascal vivida na
Liturgia.
10)
O QUE É CATEQUESE?
A Catequese é acima de tudo anúncio de Jesus
Cristo, que deve ser o ponto de referência de todo o conteúdo catequético.
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão
ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa
que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.
(Papa Bento XVI)
11)
O CAMINHO QUE LEVA À INTEGRAÇÃO DA CATEQUESE E LITURGIA
Podemos ver que há uma unidade entre os dois
termos, a Catequese antecede a Liturgia, ou seja, prepara para a celebração dos
mistérios.
“A catequese como educação da fé e a liturgia
como celebração da fé, são duas funções da única missão da Igreja”. (DNC)
Ø
PALAVRA (catequese) / MEMÓRIA (liturgia) /
TESTEMUNHO (missão)
12)
A CATEQUESE À SERVIÇO DA LITURGIA
Se a catequese prepara para a celebração dos
mistérios, é sua tarefa “INICIAR” os catecúmenos e/ou catequizandos nos sinais
litúrgicos e por eles introduzi-los no Mistério Pascal.
“Sem o conhecimento do significado, os ritos
ficariam esvaziados”. (DNC)
A Catequese deve educar os fiéis para a ORAÇÃO, o
AGRADECIMENTO, a PENITÊNCIA, a VIVÊNCIA COMUNITÁRIA e a LINGUAGEM SIMBÓLICA.
13)
O DIRETÓRIO NACIONAL DA CATEQUESE no n.º 121 entende a catequese litúrgica
como:
“aquela que prepara aos sacramentos e ajuda
vivenciá-los: leva a uma maior experiência do mistério cristão. Ela explica o
conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação
ativa, à contemplação e ao silêncio.”
14)
O DOCUMENTO DA CATEQUESE RENOVADA AFIRMA:
“A Liturgia, com sua peculiar organização do
tempo (domingos, períodos litúrgicos como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa
etc.) pode e deve ser ocasião privilegiada de Catequese, abrindo novas
perspectivas para o crescimento da fé, através de orações, reflexão, imitação
dos santos, e descoberta não só intelectual, mas também sensível e estética dos
valores e das expressões da vida cristã.” (CR, n.º 90)
15)
AÇÃO LITÚRGICA COMO CATEQUESE
v
Pelo
Ministério da Palavra
v
Pela
Homilia
v
Pelas
Orações
v
Pelos
Cantos e a Música
v
Pelo
ambiente litúrgico
Em síntese, a melhor catequese sobre a liturgia é a
própria celebração litúrgica quando bem celebrada. Que faz com que a haja uma
catequese permanente.
16)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Quando há uma verdadeira interação entre Catequese
e Liturgia se insere à comunidade numa “pedagogia, uma mística, que nos
convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus.” (Doc. 107)
Isso faz com que saímos de uma catequese puramente
doutrinal e entremos numa catequese mistagógica, ou seja, que ajude a rezar o
Mistério celebrado, como nos afirma o Papa Francisco na Evangelii Gaudium,
n.º 106.
17)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
“Uma característica da catequese, que se
desenvolveu nas últimas décadas, é a iniciação mistagógica, que significa
essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência
formativa na qual intervém toda a comunidade e uma renovada valorização
dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.”
18)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Tudo isso
para que o cristão do século XX seja um verdadeiro místico, como proferiu o
Teólogo alemão Karl Rahner
(1904-1984): “O cristão do século XXI ou será místico ou não será
cristão”, completando,
a seguir:
“Desde que não se entenda por mística
fenômenos parapsicológicos raros, mas uma experiência de Deus autêntica, que
brota do interior da existência”.
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