quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

SEMANA CATEQUÉTICA 2018

De 23 a 26 de Janeiro de 2018 das 19h30 às 21h30, ocorreu a Semana Catequética no salão paroquial.
Pe. José Eduardo escolheu com carinho os temas desse ano, de acordo com a compreensão da caminhada da catequese.

1º Tema: DESAFIOS DA CATEQUESE NUM TEMPO DE MUDANÇAS
(Palestra do Pe. José Eduardo Ferreira em 23/01/2018)

1. MUDANÇAS: UM TEMPO EM EBULIÇÃO (Ver)
1.1. Marcas deste tempo

 .     Vivemos uma época de transformações profundas. Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”. As mudanças vão surgindo, tudo muda o tempo todo e não sabemos qual mudança vai ficar, vai durar, o que vai ser estável amanhã ou não. Esta é a era fluída, a era liquida, expressão cunhada pelo sociólogo Polonês Zygmunt Bauman (2004), para definir a era da pós-modernidade.
.       Ele define com eficiência a realidade que vivenciamos hoje, na qual o "descartável e fluido" prevalece ocupando o lugar do duradouro e sólido. O mundo escorre pelas mãos em segundos, temos a sensação de que tudo é um encanto passageiro. E a marca deste mundo líquido é o individualismo.
.       Customização da fé
.       Mercantilização das relações e dos costumes
.       Cultura do descartável


1.2. Desafios
.     O grande desafio dessa era pós-moderna e fluída é não se tornar volúvel nos pensamentos e ações. Não temos que só produzir, consumir, obedecer, comprar, usar, ler e jogar fora.
.    Os mecanismos do sistema de interação humana continuarão sendo complexos e de cooperação, de engajamento mútuo entre as pessoas. Precisaremos das outras pessoas, da interação face a face, dos vínculos afetivos duradouros, da interdependência entre as comunidades e famílias.

1.3. Perspectivas
O que devemos fazer com tantas informações? Conhecimento e poder sempre andaram de mãos dadas, mas atualmente, a informação precisa ser filtrada, precisamos refletir sobre ela, nunca perder o senso crítico, focar no substancial. Devemos nos concentrar naquilo que é mais importante e emergente.
·    Em virtude do enfraquecimento das instituições e tradições, cresce a responsabilidade pessoal. Em outras épocas, instituições e tradições protegiam bem mais os indivíduos.
·    Nesta mudança de época, instituições e tradições tendem a ser socioculturalmente julgadas com base na ação dos indivíduos. Em tempos de perplexidade e incertezas, os discípulos missionários necessitam de retidão ainda maior e fidelidade a Cristo ao pensar, sentir e agir. Devem verificar se estão deixando de realmente defender, promover e testemunhar a vida em todas as suas dimensões.
·    Nesse contexto sociocultural, o discípulo missionário não desanima nem se acomoda, mas reage segundo o espírito das bem-aventuranças (Mt 5,1ss), colocando-se atento na presença do Senhor (1Sm 3,9-10). Ele crê que o Espírito é a força de Deus presente na vida das pessoas e da comunidade eclesial e confia que Ele o conduz, orienta e ilumina. Não faltam sinais de esperança.
·    Constata-se o avanço do trabalho de leigos na Igreja e na sociedade, ministros ordenados e membros da vida consagrada se dedicam com ardor à missão, comunidades respondem aos novos desafios, setores de juventude se organizam, crescem movimentos, associações, grupos, pastorais e serviços.
·    “Os desafios existem para serem superados. […] Não deixemos que nos roubem a força missionária”. Eles oferecem oportunidade para discernir as urgências da ação evangelizadora. Este é um tempo para responder de modo missionário à mudança de época, com o recomeçar a partir de Jesus Cristo, através de “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, com “criatividade pastoral”. “O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova”.

2.  OBJETIVOS: O ENSINAMENTO DE JESUS E A IGREJA (Julgar)
·    Proclamar que o Reino de Deus chegou em nosso meio: Lc 4,18ss “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres”. Essa é a boa nova evangelho, isto é, boa notícia do Reino de Deus. Este é o cerne da missão de Jesus. E não podia ser diferente para a Igreja. O objetivo geral da Igreja no Brasil (DGAE) diz bem claro: EVANGELIZAR a partir de Jesus Cristo, a luz da evangélica opção pelos pobres, o Reino definitivo.
·    E mais adiante no mesmo evangelho de Lucas vemos Jesus enviando os Doze (apóstolos), “...e enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar”. (Lc 9,2)
·    A Igreja, fiel a Jesus Cristo, coloca-se a serviço do Reino de Deus. Os evangelhos apresentam o Reino como o centro da vida e da pregação de Jesus. “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Afirmar que o Reino de Deus está próximo é anunciar que Deus mesmo está próximo. Seu reinado significa sua atuação salvadora e sua proximidade paterna e misericordiosa para com todos, especialmente para com os pobres, marginalizados e sofredores de todo tipo. Por isso, a pregação e a conduta de Jesus suscitaram surpresa, fascínio e entusiasmo, mas despertaram também suspeitas, fechamento, escândalo e ódio.
·    Reino de Deus não é apenas a mensagem de Jesus. Ele mesmo é a chegada desse Reino. Sua mensagem e sua pessoa são inseparáveis. Nele, o Reino é dado gratuitamente (Mt 21,34; Lc 12,32), é deixado em herança (Mt 25,34; Lc 22,29). Cabe ao discípulo acolhe-lo por meio da conversão e da  (Mc 1,15). Como afirma o Papa Francisco, “o primado é sempre de Deus”, “a verdadeira novidade é aquela que o próprio Deus misteriosamente quer produzir”, “a iniciativa pertence a Deus”.

3.  AS AÇÕES: A COMUNIDADE PAROQUIAL E OS CATEQUISTAS (Agir)
3.1. Não tem receita pronta
·   Formações, retiros, escola de evangelização tudo isso continua a ser válido e faz parte irrenunciável para quem quer ser um bom catequista. Mas é preciso acrescentar um elemento, que foi meio abafado por conta, talvez da “burocratização” do trabalho catequético nas nossas paróquias. O trabalho rotineiro foi minando a motivação e a criatividade. 

3.2. A dimensão missionária da Igreja.
·    O Papa Francisco teve essa inspiração que nos dá a direção exata por onde devemos caminhar na catequese:  A igreja deve sair de si mesma, rumo às periferias existenciais. Uma igreja auto referencial prende Jesus Cristo dentro de si e não o deixa sair. É a igreja mundana, que vive para si mesma. (9 de março de 2013) 

"Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo: os estilos, os horários, a linguagem, numa atitude constante de saída" (Evangelii Gaudium 26-27).

·    Catequese missionária: Saiamos, para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que, muitas vezes, disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada, por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. (Evangelii Gaudium- 49) 
·    Família: Envolver as famílias neste processo catequético
·   Grupo de catequistas: O catequista é convidado a “viver sua experiência cristã e sua missão dentro de um grupo de catequistas. O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética” (CR 151).·É no grupo que se faz experiência de convivência fraterna, onde se aprofunda a fé, se celebra e reza junto. Participando do seu grupo, o catequista já está em processo formativo. O grupo ajuda a desfazer medos, inseguranças no início da caminhada e ao longo dela.
·    Músicas, histórias e teatros: Os episódios mais importantes da bíblia e da vida da igreja e da paróquia podem ser ilustrados através dessas artes.
·    Metas: Planejamento e organização. Sem isso a catequese não chega onde queremos. Um conjunto de atividades articuladas entre si que vão ser avaliadas e julgadas ao longo do caminho catequético paroquial.

2º Tema: CATEQUESE JUNTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
(Palestra de Sandra em 24/01/2018)
Sandra falou sobre sua história de vida. Uma menina que teve poliomelite e perdeu o movimento das pernas, mas não a alegria de viver.
Desde cedo, precisou batalhar muito para conseguir as coisas, mesmo dentro de casa. Ainda criança precisou convencer o pai do seu direito de estudar e passaram a levá-la à escola no colo - o que era muito custoso, porque ela não usava muleta nem cadeira de rodas. E assim foram inúmeras outras situações, sempre agindo com coragem e firmeza, mostrando o direito à assessibilidade, diante de tantas dificuldades que lhe são impostas. E nos fez perceber que a própria pessoa com deficiência pode mostrar-nos a melhor forma de atendê-la, não apenas ajudá-la. 
Com toda essa disposição e alegria, hoje, Sandra é representante da causa das pessoas com deficiência em várias instâncias. 
Que Deus a abençoe a continuar nos ensinando e encantando com seu testemunho de esperança, coragem e de fé!

3º Tema: A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA
(Palestra de José Rosildo Santos em 25/01/2018) - Anotações de Antonio Caldeira*
* Devemos ser o reflexo de Jesus Cristo. (Rosildo Santos)

* A luz é JESUS CRISTO que brilha através de nós. Estamos aqui para iluminar. (Rosildo Santos)

* Se no futuro, não tiver catequista, ninguém irá conhecer e se apaixonar por Jesus Cristo. (Gerlane Siqueira)

* O catequista é o alicerce que faz a comunidade crescer. (Cristiano).

Cada vez que participamos da Semana Catequética, a espiritualidade cristã floresce em nosso meio. Ótima formação! Amanhã tem mais!


4º Tema: CATEQUESE E LITURGIA
(Palestra de Pe. Diogo Shishito em 26/01/2018) – Anotações de Antonio Caldeira*
* Não adianta fazer a experiência, sem o conhecimento por trás. (Pe. Diogo Shishito)
* A catequese é um processo que nos torna discípulo missionário. (Pe. Diogo Shishito)
* A catequese se não estiver ligada à liturgia, será um pacote de bolacha vazio
A catequese se não tiver ligado a liturgia. (Pe. Diogo Shishito)
* )
*O melhor é o significado e não as formas. (Pe. Diogo Shishito)

- oie


Hoje a Semana Catequética terminou com chave de ouro, com o gostinho de “quero mais”! Aprendemos a forma e diferença de abordagem da Catequese e da Liturgia. Tudo ligado com a oração inicial: João 3 e o canto em oração (“A nossa missão” da Adriana Arydes.)

Parabéns a todos que organizaram e participaram! Bebemos de uma água viva!
Agora partir para missão! Deus nos abençoe!
Hoje a Semana Catequética terminou com chave de ouro, com o gostinho de “quero mais”! Aprendemos a forma e diferença de abordagem da Catequese e da Liturgia. Tudo ligado com a oração inicial: João 3 e o canto em oração (“A nossa missão” da Adriana Arydes. Parabéns a todos que organizaram e participaram! Bebemos de uma água viva! Agora partir para missão! Deus nos abençoe!

sábado, 17 de fevereiro de 2018

IGREJA EM SAÍDA

No mês de janeiro, a liturgia da igreja é muito rica: é o mês missionário por excelência. Assim sendo, no dia 14/1 (2º Domingo do Tempo Comum), no final da Missa das 11h, Pe. José Eduardo abençoou e fez o envio dos catequistas missionários, que visitarão as famílias dos adolescentes que receberam o Crisma no ano de 2017. Aproveitando esse momento, fez um novo chamado, àqueles que se sentirem tocados a serem catequistas ou missionários. A Igreja precisa de muitos evangelizadores, para poder atingir a todos!

«Toda autoridade foi dada a mim no céu e na terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo.» (Mt 28,18-20)

Anexo 1 - Rito do envio (após a Oração após a comunhão)

1. BENÇÃO SOBRE AS CRUZES
(DIR:) OREMOS: Senhor, Pai Santo, que fizestes da cruz do vosso Filho a fonte de todas as bênçãos e a origem de todas as graças, olhai com bondade para nós, vossos servos, que apresentamos estas cruzes como sinal de nossa fé e concedei-nos que, vivendo na terra, sempre unidos ao mistério da Paixão de Cristo, alcancemos no Céu as alegrias eternas da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
(Os missionários, um a um, aproximam-se do Padre, que entrega a cruz dizendo:)
(DIR:) Recebei a cruz, sinal do amor de Cristo e da missão a que a Igreja vos destina.
(MISSIONÁRIOS:) AMÉM.
(O padre acolhe cada missionário com um abraço.)

2. ENVIO
Padre: A nossa proteção está no nome do Senhor.
Todos: Que fez o céu e a terra.
Padre: Bendito seja o nome do Senhor!
Todos: Agora e para sempre.
Padre: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Padre: Oremos: Ó Deus, que enviastes vosso dileto Filho Jesus Cristo para trazer a Boa Nova da salvação ao mundo, infundi em toda a nossa Igreja um novo ânimo missionário, para que o vosso Reino seja anunciado e acolhido em todas as famílias.
Portanto, dignai-vos, ó Deus, abençoar estes + vossos filhos, a fim de que possam, como discípulos vossos, anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Amém.
Como Jesus enviou em missão os discípulos, assim, em nome da Igreja eu vos envio: Ide e anunciai a Boa Nova de Jesus Cristo às famílias de nossa paróquia.
Missionários: AMÉM.
(A comunidade acolhe com uma salva de palmas.)