CATEQUESE NOSSA SENHORA DA PAZ
assuntos relacionados à Catequese na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ferraz de Vasconcelos, Diocese de Mogi das Cruzes - SP.
sábado, 24 de fevereiro de 2024
sábado, 3 de fevereiro de 2024
sábado, 28 de março de 2020
INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ: um projeto da Igreja
A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ é um assunto presente há muito tempo na Igreja. Especialmente a partir da Catequese Renovada (de 1983, Documento CNBB nr. 23), que fala da necessidade da Catequese FÉ E VIDA unidas, integradas.
- Em 2005, no CELAM em Aparecida, o tema era "Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nele todos os povos tenham vida", com uma parte tratando especificamente da Iniciação Cristã.
- É retomado em 2006, com o Diretório Nacional da Catequese (Documento CNBB nr. 84, Documento nr. 1 das Edições CNBB) sinalizando uma catequese mais litúrgica, mistagógica e celebrativa, com inspiração catecumenal.
- Em 2009, o Ano Catequético Nacional, a proposta era a catequese ser "caminho para o discipulado", com inspiração na catequese dos discípulos de Emaús.
- Depois em 2011, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2011-2015 (Documento CNBB nr. 94), apontavam a Igreja: casa da iniciação à vida cristã como uma das urgências da evangelização.
Não estamos mais em época de cristandade, quando os valores cristãos eram predominantes na sociedade. As mudanças atualmente ocorrem numa velocidade tão grande que não podemos dizer mais "mudança de época", mas "época de mudanças", em que muitos dos alicerces que até então fundamentavam a nossa prática ruíram e estão dando lugar a outros. É preciso aprender a lidar com tudo isso, diante da realidade que não passa: DEUS.
Diante desta realidade, os coordenadores de catequese de Ferraz e Poá tem se reunido para promover em suas paróquias essa mudança de mentalidade, a que chamamos de paradigmas. A catequese precisa ser verdadeira "iniciação cristã", pois a maioria dos catequizandos e suas famílias não foram iniciados na fé. E, se pensarmos bem, nós mesmos, catequistas e gente da Igreja, também temos muitas falhas em relação à nossa educação na fé. Afinal, essa educação é Caminho que se faz em Comunidade, não é algo acabado.
Em Maio, tivemos um encontro na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Poá, contando com participação também da Pastoral Familiar, do Batismo e Dízimo, porque a INICIAÇÃO é papel de toda a Igreja. Padre José Eduardo explicou a Iniciação à vida cristã de modo geral.
Em Julho, tivemos outro encontro, agora com catequistas de todas as paróquias Ferraz e Poá, em que o Padre José Eduardo explicou a Iniciação à vida cristã passo-a-passo, ou seja, cada etapa do itinerário da fé: Pré-catecumenato, Catecumenato, Iluminação e Mistagogia.
E para Novembro, estamos programando um retiro de catequistas de Ferraz e Poá. Sempre neste sentido, de caminhar como Igreja peregrina e missionária.
(Texto escrito em 28/08/2019)
(Texto escrito em 28/08/2019)
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iniciação à vida cristã
sábado, 2 de fevereiro de 2019
Semana Catequética - 5º Dia: INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ (Documento 107)
INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ: itinerário de
inspiração catecumenal (Documento 107 da CNBB)
Iniciamos com uma dinâmica sobre A FAMÍLIA E A COMUNIDADE (veja o
anexo). Em seguida, Rossana fez um apanhado das formações anteriores.
Na
segunda-feira, Pe. José Eduardo falou sobre o Querigma, esse principal anúncio
de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. O Querigma é o primeiro passo da
Iniciação à vida cristã. É época de anunciar Jesus Cristo.
Época de questionar: Quem somos nós? Quem é esse Jesus
que nós vamos anunciar?
A Iniciação à vida cristã é um itinerário de
discípulos missionários. O que é ser discípulo missionário? É fazer o encontro
com Jesus Cristo e seguir o Mestre, fazer o que Ele fez, amar como Ele amou, sem
interesse... é estar próximo, abrir espaço para escutá-lo, para participar de
sua vida...
O tema da terça foi a Campanha da Fraternidade 2019 –
com Cícero Almeida e José Geraldo, para nos ajudar a refletir sobre a realidade
(VER): Fraternidade e políticas públicas. É dentro dessa realidade, com suas
qualidades e problemas, que Jesus caminha conosco.
Ir. Luciana e Ir. Íris, na quarta-feira, nos trouxeram
a experiência da leitura orante, chamando nossa atenção para aprender a ouvir o Senhor. (ILUMINAR)
E ontem, Pe. Victor nos deu pistas para melhor vivenciar
e celebrar a nossa identidade cristã. (AGIR)
Hoje com o Documento 107 – Iniciação à vida cristã: um itinerário de inspiração
catecumenal, retomamos todos esses aspectos para falar do CAMINHO DA INICIAÇÃO
CRISTÃ, proposta da igreja para a evangelização hoje.
Fazendo um breve panorama do documento:
Cap. 1 – Um ícone bíblico: Jesus e a samaritana
– a nossa sede de Deus (busca) – a experiência do encontro com Jesus
(dialogo) – a convivência (conhecer Jesus) – revelação (mistagogia) – anuncio
(testemunho)
Cap. 2 – Aprender da história e da realidade: VER
Catequese de instrução = alimentar a fé = Conteúdo à Hoje:
Experiência da fé = INICIAR = Gerar a fé
A convivência em comunidade era uma realidade. Hoje, é preciso resgatar o valor e papel da Comunidade.
Cap. 3 – Discernir como igreja: ILUMINAR
IVC é necessária para a evangelização hoje, pq
percebemos que o modelo antigo não funciona mais!
Quem é a comunidade cristã? Qual é a nossa identidade?
Cap. 4 – Propondo caminhos: AGIR
Fortalecimento do papel da comunidade e da família
_____
Em seguida, Rosildo fez a leitura bíblica (Lucas 15,8-10) com dinâmica
para refletir sobre a interação do catequista com a família hoje. Quem é o catequista? A mulher. Quem é o catequizando? As moedas. Se uma
moeda se perder, vamos atrás? Enfrentamos o desafio, quando um catequizando
começa a apresentar problemas? Para evangelizar, varremos de nossa vida as
dificuldades, o desânimo, etc.?
Ao final, Pe. José Eduardo avisou sobre a ESCOLA DE CIDADANIA, pediu
que Rossana ajudasse na divulgação, o que já foi feito no grupo de whatsapp.
Agradeceu a presença do Rosildo e de todos, e deu a bênção.
_____
Anexo
– Dinâmica: A FAMÍLIA E A COMUNIDADE
Preparação:
Providenciar duas folhas de cartolina,
ou de papel pardo (papel de embrulho); canetões pretos e coloridos; cola para
papel.
Escolher
duas pessoas para levarem o cartaz no início do encontro; e escolher mais três
pessoas para uma atividade.
Acolhida: À
medida que as famílias vão chegando, pedir que um dos membros escreva o
sobrenome da família na cartolina (ou papel pardo), com canetão preto.
Oração
inicial: O/A catequista dá as boas-vindas e faz
a acolhida das famílias com o sinal da cruz. Depois, convida a cantar.
(sugestão: Reunidos aqui, para louvar o Senhor)
Enquanto
se canta, entra o cartaz com o nome das famílias. Ele é colocado na frente,
preso em um quadro ou parede.
Então,
as duas ou três pessoas escolhidas para a atividade recebem um canetão, de
cores diferentes, e vão ligar os nomes, um a outro, formando uma rede colorida.
(Continuar a cantar até que a rede esteja pronta).
Perguntar
a todos o que significam as linhas que unem os sobrenomes das famílias. (dar
alguns minutos para que falem).
{A
rede de famílias representa as relações entre as famílias na comunidade, bem
como os elos que formam novas famílias}
Fazer
alguns minutos de silêncio, e convidar todos a rezar uma Ave Maria pelas nossas famílias e
comunidades.
Ver a Realidade: Perguntar a todos quais os
valores e os contra-valores que sobressaem em todas essas famílias, e escrever
os valores do lado direito e os contra-valores do lado esquerdo do cartaz.
Julgar
e Transformar a Realidade: DINÂMICA DA
MOEDA
§ As relações familiares, da forma como acontece
hoje, estão conforme a vontade de Deus?
§ O que é preciso fazer para transformar a realidade
das famílias hoje?
§ Que compromissos vocês assumem para buscar
transformar as relações da família de vocês, tornando-a mais próxima da família
ideal, imagem e semelhança de Deus?
Oração
final: Concluir o encontro cantando “A Oração
da Família” do Pe. Zezinho
DINÂMICA ADAPTADA DE:
Marcadores:
caminho neocatecumenal.,
Doc 107,
ivc
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Semana Catequética: 4º Dia - CATEQUESE E LITURGIA
Ontem 31/1, o tema abordado foi: CATEQUESE E LITURGIA, com Pe. Victor Moreira - da Paróquia São Paulo Apóstolo - Vila São Paulo.
Eis o texto do material que ele apresentou para nós.
1) SEMANA CATEQUÉTICA 2019 - REGIÃO PASTORAL
FERRAZ DE VASCONCELOS
Tema: CATEQUESE E LITURGIA, Pe. Victor Almeida M. da Silva (Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo)
Tema: CATEQUESE E LITURGIA, Pe. Victor Almeida M. da Silva (Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo)
2)
CATEQUESE E LITURGIA
Iluminação Bíblica: Lc 24,13-35
·
Introdução
·
O que é Liturgia?
·
O que é Catequese?
·
O caminho que leva à integração da Catequese e
Liturgia;
·
A Catequese a serviço da Liturgia
·
Ação litúrgica como Catequese
·
Da catequese doutrinal para uma Catequese
Mistagógica;
3)
INTRODUÇÃO
“Não ardia o nosso coração quando pelo caminho
nos falava e explicava as escrituras?”
O conhecido texto do “Discípulos de Emaús” é um
convite para que possamos olhar a Catequese e a Liturgia como formas essenciais
da vida da Igreja, pois nos coloca no centro da vivência que cristã, que é o...
4)
... MISTÉRIO PASCAL de Jesus Cristo.
Pois é neste Mistério que se direciona todas as
ações da Igreja, e de onde brota toda a sua força. Por isso, o Mistério
Pascal é a nossa referência.
5)
A CATEQUESE E A LITURGIA SE ENCONTRAM NA VIDA CRISTÃ...
... se tiverem como centro o Mistério Pascal, que
une e dá sentido a elas.
Sendo assim, o nosso objetivo é buscar compreender
a natureza própria de cada uma delas, e procurar encontrar um ponto de
convergência que nos possibilite ver a real necessidade de unidade e integração
das duas dimensões, e assim, fomentar a vivência cristã dentre de nossas
comunidades.
6)
O QUE É LITURGIA?
O Concílio Vaticano II (11 de outubro de 1962 a 08
de dezembro de 1965) na Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a
Sagrada Liturgia afirma que a liturgia “é o cume para o qual tende toda a
ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte que brota sua força”. (SC 10)
7)
O QUE É LITURGIA?
A palavra LITURGIA tem sua origem da língua grega e
é composta por duas raízes:
•
LIET – LEOS – LAOS: povo,
público, ação feita para o povo e/ou em favor do povo.
•
URGIA (ergom): Operar, produzir,
ação, trabalho, serviço.
Traduzindo literalmente LITURGIA significa:
“Uma ação do povo ou em favor do povo”
“Uma ação do povo ou em favor do povo”
8)
O QUE É LITURGIA?
Sendo assim, o povo deve tomar parte da Liturgia,
não apenas “assistir” sem entender nada. A Liturgia dentro de um olhar
religioso é uma “ação do povo batizado, que é chamado ao louvor de Deus e a
transformação e a santificação da vida e da história.”
Nesse sentido, segundo a SC o povo deve participar
da liturgia de forma ATIVA, CONSCIENTE, PLENA e FRUTUOSA.
9)
O QUE É CATEQUESE?
Já a palavra CATEQUESE também é de origem grega de
duas palavras:
•
KÁTA = a partir de
•
ECHOS = voz, fala, eco.
Literalmente significa: “FAZER ECOAR”
Sendo assim, a catequese “faz ecoar” a Palavra de
Deus na pessoa de Jesus Cristo, na e a partir da experiência Pascal vivida na
Liturgia.
10)
O QUE É CATEQUESE?
A Catequese é acima de tudo anúncio de Jesus
Cristo, que deve ser o ponto de referência de todo o conteúdo catequético.
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão
ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa
que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.
(Papa Bento XVI)
11)
O CAMINHO QUE LEVA À INTEGRAÇÃO DA CATEQUESE E LITURGIA
Podemos ver que há uma unidade entre os dois
termos, a Catequese antecede a Liturgia, ou seja, prepara para a celebração dos
mistérios.
“A catequese como educação da fé e a liturgia
como celebração da fé, são duas funções da única missão da Igreja”. (DNC)
Ø
PALAVRA (catequese) / MEMÓRIA (liturgia) /
TESTEMUNHO (missão)
12)
A CATEQUESE À SERVIÇO DA LITURGIA
Se a catequese prepara para a celebração dos
mistérios, é sua tarefa “INICIAR” os catecúmenos e/ou catequizandos nos sinais
litúrgicos e por eles introduzi-los no Mistério Pascal.
“Sem o conhecimento do significado, os ritos
ficariam esvaziados”. (DNC)
A Catequese deve educar os fiéis para a ORAÇÃO, o
AGRADECIMENTO, a PENITÊNCIA, a VIVÊNCIA COMUNITÁRIA e a LINGUAGEM SIMBÓLICA.
13)
O DIRETÓRIO NACIONAL DA CATEQUESE no n.º 121 entende a catequese litúrgica
como:
“aquela que prepara aos sacramentos e ajuda
vivenciá-los: leva a uma maior experiência do mistério cristão. Ela explica o
conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação
ativa, à contemplação e ao silêncio.”
14)
O DOCUMENTO DA CATEQUESE RENOVADA AFIRMA:
“A Liturgia, com sua peculiar organização do
tempo (domingos, períodos litúrgicos como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa
etc.) pode e deve ser ocasião privilegiada de Catequese, abrindo novas
perspectivas para o crescimento da fé, através de orações, reflexão, imitação
dos santos, e descoberta não só intelectual, mas também sensível e estética dos
valores e das expressões da vida cristã.” (CR, n.º 90)
15)
AÇÃO LITÚRGICA COMO CATEQUESE
v
Pelo
Ministério da Palavra
v
Pela
Homilia
v
Pelas
Orações
v
Pelos
Cantos e a Música
v
Pelo
ambiente litúrgico
Em síntese, a melhor catequese sobre a liturgia é a
própria celebração litúrgica quando bem celebrada. Que faz com que a haja uma
catequese permanente.
16)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Quando há uma verdadeira interação entre Catequese
e Liturgia se insere à comunidade numa “pedagogia, uma mística, que nos
convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus.” (Doc. 107)
Isso faz com que saímos de uma catequese puramente
doutrinal e entremos numa catequese mistagógica, ou seja, que ajude a rezar o
Mistério celebrado, como nos afirma o Papa Francisco na Evangelii Gaudium,
n.º 106.
17)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
“Uma característica da catequese, que se
desenvolveu nas últimas décadas, é a iniciação mistagógica, que significa
essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência
formativa na qual intervém toda a comunidade e uma renovada valorização
dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.”
18)
DA CATEQUESE “DOUTRINAL” PARA UMA CATEQUESE MISTAGÓGICA
Tudo isso
para que o cristão do século XX seja um verdadeiro místico, como proferiu o
Teólogo alemão Karl Rahner
(1904-1984): “O cristão do século XXI ou será místico ou não será
cristão”, completando,
a seguir:
“Desde que não se entenda por mística
fenômenos parapsicológicos raros, mas uma experiência de Deus autêntica, que
brota do interior da existência”.
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Catequese e liturgia,
Victor Moreira
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Semana Catequética - 3º Dia: A BÍBLIA COMO FONTE DE CATEQUESE: leitura orante
Ontem 30/1, recebemos as irmãs Luciana e Ísis, servas do Amor Misericordioso, para abordar o tema da Bíblia
como fonte da catequese: leitura orante da Bíblia.
Elas explicaram o tema (deixaram esses dois textos e as imagens para nós)
e nos levaram a uma experiência com a Lectio divina (leitura orante).
ORIGEM DA LECTIO DIVINA
A Lectio Divina tem uma
história de pelo menos 2.500 anos. No Antigo Testamento o povo de Israel rezava
a Palavra e usava a Palavra para rezar. No livro de Neemias cap 8, 2-10 diz que
o povo se reuniu para ouvir Neemias ler o livro desde a manhã até ao meio dia.
Todo o povo ouvia atentamente a leitura do livro da Lei. Este texto tão antigo
é o precursor da lectio…
E isso durou durante
gerações. Todos os Padres da Igreja tanto no Oriente como no Ocidente
praticavam esse método e encorajavam o fiéis a fazerem o mesmo em suas casas.
Os monges fizeram da Lectio o centro de suas vidas. Santo Antão séc II, sabia a
Escritura de cor . Para São Pacomio, São Basílio, São Jeronimo fazia a leitura
frequente da Bíblia e era o “alimento celestial”, “pão descido do céu”. São
Cipriano escrevia a respeito da Biblia: “tendes sempre a Lectio Divina entre as
mãos”. São Bento na Regra no cap IV diz : "ouvir de boa vontade as
santas leituras e dar-se frequentemente à oração…"
Como podemos passar por
cima dessa tradição? Num dado momento acharam melhor colocar por escrito esse
método para ajudar os noviços a interiorizarem a Palavra através do Espirito
Santo.
O Método que vamos falar
aqui nasceu no séc XII com o monge Guigo que percebeu que lendo o
texto bíblico era possível reler o passado à luz do presente, trazendo uma
grande contribuição para o futuro. Guigo sentia que a Palavra de Deus
comprometia e que o conjunto dos livros que formam a Bíblia era tido dentro de
uma unidade. Dentro dessa unidade, percebia que estavam presentes três níveis
de compreensão: literário, histórico e o teológico. Cada um tem sua
especificidade, o primeiro está mais próximo do texto, o segundo leva mais em
consideração a situação histórica em que o texto foi escrito e o terceiro está
diretamente relacionado com a mensagem de Deus.
Orígenes é o grande
idealizador do termo Lectio Divina. Muitos traduzem Lectio Divina por leitura
divina, outros por leitura orante. O que nos importa é o valor que esse método
tem para nossa vida. A Lectio Divina é resultado da prática da leitura que os
cristãos faziam e fazem da Bíblia. Essa prática usada pelos cristãos, já é um
resquício da tradição das comunidades do Antigo Testamento. As comunidades liam
os textos bíblicos que eram passados de geração em geração.
A grande contribuição de
Guigo foi a de sistematizar os passos da Lectio Divina. Ele sugere que sejam
seguidos quatro passos. O termo utilizado para cada momento é degrau. Com o
intuito de partilhar a forma como compreender melhor o texto bíblico, resolveu
escrever um livrinho no qual intitulou "A Escada dos Monges". Escreve
para outro monge dizendo: "certo dia, durante o trabalho manual, quando
estava refletindo sobre a atividade do espírito humano, de repente se
apresentou à minha mente, a escada dos quatro degraus espirituais: a leitura, a
meditação, a oração e a contemplação. Essa é a escada dos monges, pela qual
eles sobem da terra ao céu. É verdade, a escada tem poucos degraus, mas ela é
de uma altura tão imensa e inacreditável que, enquanto a sua extremidade
inferior se apóia na terra, a parte superior penetra nas nuvens e investiga os
segredos do céu". E diz mais: "A leitura é o estudo assíduo das
Escrituras, feito com espírito atento. A meditação é uma diligente atividade da
mente que, com a ajuda da própria razão, procura o conhecimento da verdade
oculta. A oração é o impulso fervoroso do coração para Deus, pedindo que afaste
os males e conceda as coisas boas. A contemplação é uma elevação da mente sobre
si mesma que, suspensa em Deus, saboreia as alegrias da doçura eterna".
A Lectio Divina supõe
alguns princípios: a unidade da Escritura, atualidade ou encarnação da Palavra
e a Fé em Jesus Cristo, vivo na Comunidade.
FONTE: Origem do Método da Lectio
divina
LECTIO DIVINA – HISTÓRIA
A “Lectio Divina” é uma expressão usada para
designar uma prática antiga da Igreja: a Leitura Orante da Bíblia. Essa prática consiste,
sobretudo, em quatro elementos, a saber: a leitura, a meditação, a oração e a
contemplação. Por esse caminho experienciamos a partir da leitura e do seu
confronto com a vida, a presença e a ação de Deus. Não é algo mágico, muito
menos intelectivo ou uma ideia, ou mesmo até algo de extraordinário e
sobrenatural, não, não, não. Mas, é algo muito simples, singelo, profundo e
mistagógico. Ou seja, aprendemos a “ler” Deus na vida.
A Lectio Divina ou a Leitura Orante é um instrumento, uma ferramenta pedagógica
cujo objetivo é ajudar o seu leitor-praticante a mergulhar e a experimentar o
sagrado na vida a partir do testemunho e da história do povo da Bíblia do
Primeiro e do Segundo Testamento.
Com a Lectio Divina ou Leitura Orante escutamos a Deus e falamos com Ele e Ele
fala conosco.
Como nasceu a Lectio Divina ou Leitura Orante da
Bíblia? Em poucas palavras podemos dizer o seguinte.
A Lectio Divina tem sua origem e raízes na religião e tradição judaica, quando
do uso da Torah, dos Escritos e Profetas lidos e meditados nas sinagogas. Mas,
foi com Orígenes, famoso mestre cristão de Alexandria que ela apareceu com mais
clareza e definida. Entretanto, sua sistematização com os quatro elementos como
temos hoje nos veio do século XII, quando um monge de nome Guigo, por volta de
1.150, d.C, escreveu um livrinho chamado: “A escada dos monges” cujo conteúdo explica em
que consiste a Leitura Orante: ler, meditar, orar, contemplar.
No século XX, o Concílio Vaticano II recuperou essa prática que havia sumida da
vida do povo, mas que era praticada nos mosteiros, sobretudo beneditinos.
Graças a essa iniciativa do Concílio, sobretudo na América Latina, a Lectio
Divina ganhou vida nas Comunidades Cristãs, de modo particular nas Cebs
(Comunidades Eclesiais de Base) que a divulgou e praticou com outro nome,
Círculos Bíblicos.
Hoje, ela está enraizada na Igreja de maneira tal que é como sempre foi, seu
patrimônio primordial. Atualmente, mesmo incentivando uma prática individual, a
Igreja anima seus fieis, sobretudo, numa prática comunitária da mesma.
FONTE: Lectio divina – I: História
http://bibliaecatequese.com/lectio-divina-i-historia/
http://bibliaecatequese.com/lectio-divina-i-historia/
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leitura orante
quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
Semana Catequética 2019 - 2º Dia: Campanha da Fraternidade 2019 - FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS
Ontem 29/1, Cícero Almeida e José Geraldo abordaram o tema da CF2019.
Iniciamos
o encontro com uma oração pela catequista e amiga Vanda Bezerra, muito participante
e presente na Comunidade Santa Rita, na Catequese e na Equipe Diocesana de
Catequese, que faleceu de madrugada. (Ainda participou da formação na segunda-feira... Morreu em missão, pois desde a terça-feira passada estava evolvida em formações na Semana Catequética em Biritiba Mirim, no Retiro Diocesano em Mogi das Cruzes, Jornada Mariana da Juventude na Região Brás Cubas e Semana Catequética Regional aqui em Ferraz de Vasconcelos.) Com certeza, já está junto a Deus!
Em seguida, rezamos a Oração da Campanha 2019 (com o Cícero) e conhecemos a letra do Hino. E
aqui apresentamos os materiais que eles compartilharam na formação.
CAMPANHA
DA FRATERNIDADE
HISTÓRICO
No
ano de 1961,
três padres responsáveis pela Caritas Brasileira
idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades
assistenciais. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada
pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte. No ano seguinte, dezesseis
dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não
teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos
Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na
perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja
no País.
De 1962 até hoje, a
Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida
num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa
vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de
transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a
participação de todos na sua solução.
A
Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização
libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a
transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados
à luz do Projeto de Deus.
1ª FASE (1964
a 1972): Em busca da Renovação Interna da Igreja
2ª FASE (1973
a 1984): A Igreja preocupa-se com a realidade social do povo, denunciando o
pecado social e promovendo a justiça
3ª FASE (1985
a 2018): A Igreja se volta para situações existenciais do povo Brasileiro
OBJETIVO DA CAMPANHA
A Campanha da Fraternidade é
uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil no
período da Quaresma. A cada cinco anos é promovida de forma ecumênica em
conjunto com outras denominações cristãs. Seu
objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a
um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de
solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser
transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação.
A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
· Educar
para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais
do Evangelho.
· Renovar a
consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma
sociedade justa e solidária.
O
gesto concreto se expressa na coleta da
solidariedade, realizada no Domingo de Ramos.
É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas.
A arrecadação compõe o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) e os Fundos Diocesanos
de Solidariedade; 60% dos recursos são destinados ao apoio de projetos sociais
da própria comunidade diocesana. Os 40% dos recursos restantes compõem o FNS
que são revertidos para o fortalecimento da solidariedade entre as diferentes
regiões do país.
O CARTAZ DA CF-2019
O cartaz quer ressaltar algumas
categorias sociais para reflexão, educação, saúde, meio ambiente, melhor idade,
vida no campo e na cidade.
ORAÇÃO DA CF-2019
Pai misericordioso e compassivo, que
governais o mundo com justiça e amor, dai-nos um coração sábio para reconhecer
a presença do vosso Reino entre nós. Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho
amado, habitando entre nós, testemunhou o vosso infinito amor e anunciou o
Evangelho da fraternidade e da paz. Seu exemplo nos ensine a acolher os pobres
e marginalizados, nossos irmãos e irmãs com políticas públicas justas, e
sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária. O divino Espírito
acenda em nossa Igreja a caridade sincera e o amor fraterno; a honestidade e o
direito resplandeçam em nossa sociedade e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo
céu e da nova terra.” Amém.
HINO DA CF-2019
· “Eis que o
Senhor fez conhecer a salvação* E revelou sua justiça às nações”* Que, neste
tempo quaresmal, nossa oração* Transforme a vida, nossos atos e ações.
Pelo direito e a
Justiça libertados* Povos, nações de tantas raças e culturas* Por tua graça, ó
Senhor, ressuscitados* Somos em Cristo, hoje novas criaturas. (2X)
· Foi no
deserto que Jesus nos ensinou* A superar toda ganância e tentação*
Arrependei-vos, eis que o tempo já chegou* Tempo de Paz, Justiça e
reconciliação.
· Em Jesus
Cristo uma nova aliança* Quis o Senhor com o seu povo instaurar* Um novo reino
de justiça e esperança* Fraternidade, onde todos têm lugar.
· Ser um profeta
na atual sociedade* Da ação política, com fé, participar* É o dom de Deus que
faz, do amor, fraternidade* E bem comum faz bem de todos se tornar!
VIDEOS da
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