segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Tema 2 - A profissão de fé

(Material elaborado por Vinícius Teodoro Vilela para a formação de catequistas na reunião de 25/04/2015)

“A fé é a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa”, é assim que o Catecismo da Igreja Católica (CIC), nº 26, começa a discursar sobre o crer do homem e da própria Igreja, formada pelos homens de boa vontade. Aqui já temos três dados: revelação, resposta, consequência.
Deus ama o homem primeiro (cf. 1Jo, 10) e por isso o criou e colocou em sua alma uma inclinação natural para conhecê-lo e amá-lo. O homem possui o que lhe dá essa capacidade sublime, a razão, dentre todas as criaturas. Assim, ele é capaz de conhecer todas as coisas e a si mesmo, percebendo em tudo uma perfeição que diz de outra perfeição maior que a presente em tudo o que vê. Procura-a ansiosamente, e procurando-a ela se revela a ele. Deus se dá a conhecer e amar.
Conhecendo a Deus, o homem adere ao seu projeto de amor, com a razão que conhece e a vontade que o deseja, num ato livre. Essa adesão do homem é o que chamamos de fé. Fé, portanto, é um assentimento da razão e da vontade humana adiante de uma verdade e de uma pessoa, ou seja, da revelação e todas as suas verdades, sustentadas pela pessoa de Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, revelada na história.
Conhecer e ter fé em Deus são dois passos importantes, que leva o homem a crer, a ter como verdade tanto a revelação como pessoa que revela. Assim, passa-se ao terceiro momento, o crer. Crer é o ato de professar a fé que intimamente se leva, sendo ao mesmo tempo pessoal e comunitário, por necessidade. Segundo o CIC, “a fé é um ato pessoal, [...] porém, não isolado” (n. 116), o que leva a compreender que a fé pessoal quando professada, expressada, deve participar, se unir e até mesmo carregar a fé dos outros (cf. Ibidem).
Assim, depois desse caminho nasce o que conhecemos por Profissão de Fé ou Símbolo, que nos remete à antiga prática de, ao fazer um contrato, as partes envolvidas quebrava uma única tabuinha e cada um ficava com uma parte da mesma, remontando-a sempre que fosse necessário. O Credo é assim o símbolo que nos religa às verdades de fé assumidas no momento do batismo, adesão a eles, e que ao mesmo tempo guarda e transmite a mesma fé.
O Símbolo Niceno- Constantinopolitano
O texto desse Símbolo foi constituído com a matéria dos dois primeiros concílios da Igreja, o de Niceia (325 d.C.) e de Constantinopla (381 d.C.). O primeiro teve como o objetivo extirpar a heresia do Arianismo, originário do bispo Ário, que dizia que Jesus era filho de Deus, porém criado pelo Pai, ou seja, sua existência teve um começo, um início temporal. Já o segundo, combateu a heresia dos chamados Pneumatomacos, que diziam que o Espírito Santo era somente um servo de Deus Pai e cumpridor de sua vontade, não considerando-o como uma das pessoas da Santíssima Trindade.
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