quarta-feira, 16 de novembro de 2016

FORMAÇÃO NOVEMBRO DE 2016

ENCONTRO 1: VOCAÇÃO DE SER CATEQUISTA
(Anotações da Formação Catequética de 05/11/2016, catequista Rossana)

No sábado passado 05/11 às 9h, começamos a nossa Formação Catequética 2016 com a Missa em Homenagem a Nossa Senhora da Paz. Depois, tratamos do tema.

1.     PREPARAÇÃO: O Senhor nos chamou a cada um pessoalmente para estar aqui nesta manhã, para esta formação. Deus nos conhece e nos chama pelo nome. Vamos pedir a luz do Espírito Santo, para que saibamos atender a esse chamado com carinho e disposição, rezemos...
2.     LEITURA ORANTE: Mateus 13,44-45
1º Passo: Quais os sentimentos que essa Palavra me provocou? (lectio)           
desapego / alegria / ansiedade / Aqui e agora é o Reino do céu!
2º Passo: O que essa Palavra me diz? (meditatio
doação / humildade / compaixão / fraternidade / atitude / fé / Ágape = amor do Pai / Pratique a humildade!
O catequista é portador de um tesouro que precisa ser levado até os catequizandos e suas famílias. Esse tesouro é o amor de Deus, que é infinatamente misericordioso, que perdoa as nossas faltas e nos acolhe.
3º Passo: O que essa Palavra me leva a dizer? (oratio)     
Senhor, ajuda-me a conhecer a tua presença!
4º Passo: O que essa Palavra me leva a fazer? (contemplatio)     
humildade para alcançar a vitória aqui e agora  = a paz
3.     TEMA: O rosto humano no catequista. Vida familiar, profissional, social e caminhada na fé.
a)     Ter amor à vida: ;
b)     Cultivar uma espiritualidade cristã;
c)      Saber relacionar-se: viver é aprender a relacionar-se;
d)     Um servidor integrado à comunidade;
e)     Equilíbrio psicológico: para lidar com situações delicadas;
f)      Espírito de Liderança;
g)     Coração de discípulo: abertura para deixar a Palavra arder em meu coração (na Bíblia, na comunidade, no irmão ou nas situações do cotidiano).
Fontes de consulta:
CNBB. Diretório Nacional de Catequese (Edições CNBB, 2006)
VELASCO, Bruno. “O ministério da catequese” e “Catequista: pessoa e vocação” (textos disponíveis na internet http://www.catequistabruno.com/ministerio-do-catequista_33.html)
4.     MENSAGEM DO PAPA (Do discurso aos catequistas no Ano da Fé, em 27/09/2013. Disponível em: http://universovozes.com.br/editoravozes/web/view/BlogDaCatequese/wp-content/uploads/2014/08/DISCURSO-DO-PAPA-FRANCISCO.pdf )
O coração do catequista vive sempre este movimento de «sístole-diástole»: união com Jesus - encontro com o outro. Existem as duas coisas: eu uno-me a Jesus e saio ao encontro dos outros. Se falta um destes dois movimentos, o coração deixa de bater, não pode viver. Recebe em dom o querigma e, por sua vez, oferece-o em dom. Importante esta palavrinha: dom! O catequista está consciente de que recebeu um dom: o dom da fé; e dela faz dom aos outros. Isto é maravilhoso! E não reserva uma percentagem para si! Tudo aquilo que recebe, dá-o. Aqui não se trata de um negócio! Não é um negócio! É puro dom: dom recebido e dom transmitido. E o catequista está ali, nesta encruzilhada de dom. Isto está na própria natureza do querigma: é um dom que gera missão, que impele sempre para além de si mesmo. São Paulo dizia: «O amor de Cristo nos impele»; mas esta expressão «nos impele» também se pode traduzir por «nos possui». É assim o amor: atrai-te e envia-te, toma-te e dá-te aos outros. É nesta tensão que se move o coração do cristão, especialmente o coração do catequista. Perguntemo-nos, todos: É assim que bate o meu coração de catequista: união com Jesus e encontro com o outro? Com este movimento de «sístole e diástole»? Alimenta-se na relação com Ele, mas para O levar aos outros e não para o reter?


ENCONTRO 2: LIDERANÇA E MÍSTICA DO CATEQUISTA
(Anotações da Formação Catequética, Pe. José Eduardo Ferreira)

1. MÍSTICA CRISTÃ (Filipenses 2,2-11).
“Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se de si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz!”
2.     AS DEZ LIÇÕES DE LIDERANÇA DO PAPA FRANCISCO (algumas observações)
Transparência – Generosidade – Participação – Proximidade – Coerência – Objetividade – Motivação – Referência – Inspiração – Autocracia.
Algumas observações:
·       Cegueira congênita (João 7-9) = mentira no modo em que determino a minha existência. Às vezes o que mais me incomoda no outro é aquilo que eu também faço. “Por que não sois capazes de ouvir a minha Palavra?” (cf. João 8,39-47) Porque não somos transparentes, abertos à Palavra.
·       Proximidade = quebrar protocolos. Como a dinâmica do espelho = o espelho não engana! Se não gosto do que vejo, tenho que mudar. Proximidade não é só beleza, também dá problema! Nem sempre eu consigo fazer aquilo que devo.
·       Coerência: o que eu tenho a ver com o quê eu sou? “Tudo posso, mas nem tudo me convém.” (1Coríntios 6,12) Não demonizar as coisas. Não há revelação que leve a medo, constrangimento e morte. A revelação sempre leva à salvação, à vida. O que salva é o conjunto de atitudes.
·       Referência = ponto de luz.

3.     MÍSTICA E ASCÉTICA (Pe. José Eduardo Ferreira)
O que vimos acima é ascética. Isto é, aquilo que eu faço para corresponder à graça de Deus. A mística é aquilo que Deus faz em mim.
Na ascética, eu sou ativo, na mística eu sou passivo. Mas não é passividade total. Deus vai fazer em mim uma obra nova, mas eu tenho que colaborar, é evidente! Veja, isso tem que ficar bem claro para todos!
A ascética pode passar uma noção errada de que ser santo é não fazer coisas erradas. A noção certa é que quando não pecamos mais, apenas por cumprir os mandamentos, chegamos na estaca zero. Agora, é preciso amar!
Lembremo-nos do episódio em que Jesus foi abordado pelo jovem e Jesus o interpelou sobre vários aspectos de sua vida (cf. Mateus 19, 16-22); estava cumprindo tudo e, por fim, Jesus lhe disse que só lhe faltava uma coisa: “Vai, vende tudo o que tem e me siga!” O jovem se afastou e saiu triste, pois era muito rico. Ou seja, Jesus propôs o seu seguimento, que é amar a Deus sobre tudo e todos.
Por isso, o católico tem tanta facilidade de se relacionar com os santos: são modelos onde a graça atuou (mística). Nós acreditamos que a graça pode nos transformar, como nos santos! Os protestantes, não. Lutero dizia que a graça é uma maquiagem, o homem é sempre condenado a si mesmo. Há uma certa verdade nisso, mas superamos isso pela graça de Cristo, para sermos outro Cristo no mundo. Temos uma visão positiva da existência humana. Graças a Cristo que nos amou. E Deus ordena, já no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo” (Levítico 20,7). E depois repete, da boca de seu divino Filho, o mesmo apelo: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mateus 5,48), porque a santidade, longe de ser um ideal inalcançável, é um caminho real e possível. Não sejamos pessimistas! Neste processo, é Deus que intervém nas nossas coisas, com a sua graça. E concluo: “Rezemos sempre e sem jamais desanimar!” (Lucas 18,1)
4.     VOCABULÁRIO
·       Assertivo: positivo, pragmático, prático. (Do Dicionário Aurélio)
· Ascético: relativo ao ascetismo ou aos ascetas; devoto, místico. (Do Dicionário Melhoramentos, apresentação de Antonio Houaiss, 1987)

·       Místico: que diz respeito à vida espiritual; dado à vida contemplativa e espiritual; misterioso, alegórico, figurado. (idem)

MANHÃ DE ESPIRITUALIDADE PARA CATEQUISTAS*
(anotações de Vinícius Teodoro Vilela para preparar o momento)

1º Deserto. O kerigma da cruz, uma resposta para nossos anseios (1Cor 1, 20-25)
1)    Quais são as cruzes que me visitam ao longo do cotidiano? Eu as abraço por amor ao Deus, que um dia se deixou nela pregar por meu amor?
2)    Olhando para minha vida, percebo que consigo unir meus sacrifícios aos de Jesus? O que faço de concreto para que isso aconteça?
3)    A quais anseios da minha vida eu ainda não apresentei o mistério da cruz como resposta?
4)    A santidade, para mim, é algo desejado e possível de ser alcançada?

2º Deserto.  Filiação divina: fonte de verdadeira alegria e otimismo (1Jo 3,1-2)
1)    Ser filho de Deus para mim é uma realidade realmente existente, presente na minha própria vida e vivida por mim?
2)    Como experimento a alegria pessoal? Em quais momentos? Realizando quais atividades? Essa alegria é capaz de me sustentar nos momentos menos bons da vida?
3)    Alguma vez já imaginei o que seria uma felicidade sem fim, que chamamos céu? Como será o céu para mim?
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* publicado em 10/10/2017

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