1. DISCÍPULO DE CRISTO
Os catequistas "não se devem considerar como professores que ensinam a doutrina cristã, mas, sobretudo, como discípulos de Jesus Cristo" .
O Senhor Jesus convida, de uma forma específica, homens e mulheres, para o seguirem, para serem seus discípulos.
Este chamamento pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele são o verdadeiro motor da ação do catequista.
É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de O anunciar e de levar outros ao "sim" da fé... (cf. DGC 231).
Assim a primeira condição para alguém ser um anunciador e testemunha, isto é, um catequista, consiste em viver decididamente a fé como relação pessoal com Cristo.
A primeira "competência" do catequista é sentir-se amado por Deus e escolhê-lo como ideal, amar Jesus como o único bem e treinar a perseverança nesse amor primeiro.
A catequese tem uma grande preocupação pela conversão: antes de mais a conversão inicial, como adesão clara a Jesus Cristo.
A catequese tem como tarefa a conversão ao Senhor e a comunhão com Ele.
Importa fazer surgir verdadeiros discípulos de Cristo, não descurando a conversão continuada, no dia-a-dia, a perseverança na vida da fé, avivando-a constantemente (cf. CT 19).
2. TESTEMUNHA PELA ALEGRIA E AMOR
Os catequistas são "testemunhas da experiência de fé das comunidades". Numa catequese verdadeiramente cristocêntrica, o catequista é sua testemunha.
Se estivesse em causa apenas uma doutrina ou somente uma moral, não haveria necessidade de que o catequista fosse testemunha; porém, tratando-se de uma Pessoa, de um acontecimento, a catequese exige o testemunho.
A catequese há de ser um anúncio alegre de uma boa notícia, já encarnada na vida do catequista através do seu testemunho. Trata-se do testemunho teologal:
"O que vimos e ouvimos, vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco" (1 Jo 1,3).
De fato, o mundo de hoje escuta sobretudo testemunhas.
3. MANDATO PELA COMUNIDADE
A ligação entre catequese e comunidade está fortemente realçada nas próprias Orientações: "A comunidade cristã é o sujeito, o ambiente e a meta da catequese.
Na verdade, a vida cristã é um fato comunitário, recebe-se, aprende-se e vive-se na Igreja, mistério de comunhão".
O contrário também é verdade: sem uma comunidade viva, podemos até fazer instrução religiosa, mas dificilmente faremos catequese, porque nos falta o "habitat" natural, falta-nos o "seio materno" eclesial onde podem germinar e crescer novas vidas para a fé.
É preciso construir comunidades vivas, vivificadas pela Palavra, alimentadas pelos sacramentos e com a marca da caridade e da comunhão.
“A dimensão comunitária da catequese implica a renovação da Igreja na perspectiva de comunhão e de participação”.
A comunidade cristã, especialmente a comunidade paroquial, é o lugar privilegiado da catequese (cf. CT 67); ela é a "origem, ambiente e meta" da catequese. É, por isso, tão urgente renovar a catequese como renovar a comunidade.
De fato, só renovando a catequese e a comunidade ao mesmo tempo, se chega a construir uma comunidade viva, com verdadeiros catequistas que sejam "transparência real do ressuscitado“.
Na comunidade cristã que o catecismo encontra o seu meio vital. Por outras palavras, o verdadeiro catecismo é uma comunidade unida e com a marca da comunhão, capaz de deixar transparecer a presença do Cristo pascal.
Os catequistas são mandatários, pois agem em nome da comunidade.
"Só catequistas bem ligados ao centro da comunidade, que é Cristo, e aos irmãos, em verdadeira comunhão, estão aptos para testemunhar e anunciar a Boa-nova.
Por isso, o catequista, como todo o cristão comprometido, tem hoje de desenvolver uma competência fundamental, a comunhão, respondendo ao apelo de João Paulo II às Igrejas da Europa: ser um verdadeiro espaço e instrumento de comunhão, pois "a vida fraterna dos discípulos de Jesus e a sua disponibilidade para o serviço gratuito é o testemunho indispensável para apoiar a evangelização“, afinal esse testemunho de vida fraterna é já evangelização.
4. VIVE UMA ESPIRITUALIDADE
Imitando Maria, o catequista progride na vida interior. Cuidar a formação espiritual é o desejo da Igreja aos catequistas.
A comunhão com Jesus Cristo conduz os discípulos a assumirem a atitude orante e contemplativa que o Mestre adotou.
Trata-se de cultivar os mesmos sentimentos com os quais Ele se dirigia ao Pai: a adoração, o louvor, o agradecimento, a confiança, a súplica e a contemplação da Sua glória (cf DGC 85).
O catequista tem um contacto habitual com a fonte da vida que é a Eucaristia, com a prática da oração e a escuta da Palavra da vida. Vive a espiritualidade batismal, que é espiritualidade de comunhão com Deus e de amor pelos irmãos.
Além disso, o catequista é sobretudo apóstolo e profeta. Profeta, porque anuncia a Boa Nova do Reino. Apóstolo, porque testemunha, na alegria, serviço concreto e amor recíproco, a presença de Jesus ressuscitado.
Ao mesmo tempo, o catequista sabe que é um instrumento da graça divina.
Vive a paciência e a confiança de que é o próprio Deus quem faz nascer, crescer e frutificar a semente da Palavra de Deus (cf DGC 289).
5. É UM MISSIONÁRIO
6. ESPECIALISTA EM ACOLHIMENTO
7. RESPEITADOR DO CARISMA DE CADA UM
8. O CATEQUISTA É UM ANIMADOR
9. É ATENTO À CULTURA
10. ESTÁ SEMPRE EM FORMAÇÃO
Abreviações:
DGC = Diretório Geral da Catequese
Da: SEMANA CATEQUÉTICA DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PAZ, DIA 27/01/2014
Fonte:
In Pastoral Catequética. Revista de catequese e educação, nº 3 (2005), pp. 53-61.
http://www.comdeus.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=92:perfil-do-catequista&catid=47:artigos-comdeus&Itemid=69
Nenhum comentário:
Postar um comentário