De 23 a 26 de Janeiro de 2018 das 19h30 às 21h30, ocorreu a Semana Catequética no salão paroquial.
Pe. José Eduardo escolheu com carinho os temas desse ano, de acordo com a compreensão da caminhada da catequese.
1º Tema: DESAFIOS DA CATEQUESE NUM TEMPO DE MUDANÇAS
(Palestra do Pe. José Eduardo Ferreira em 23/01/2018)
1. MUDANÇAS: UM TEMPO EM EBULIÇÃO (Ver)
1.1. Marcas deste tempo
. Vivemos uma época de transformações profundas. Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”. As mudanças vão surgindo, tudo muda o tempo todo e não sabemos qual mudança vai ficar, vai durar, o que vai ser estável amanhã ou não. Esta é a era fluída, a era liquida, expressão cunhada pelo sociólogo Polonês Zygmunt Bauman (2004), para definir a era da pós-modernidade.
. Ele define com eficiência a realidade que vivenciamos hoje, na qual o "descartável e fluido" prevalece ocupando o lugar do duradouro e sólido. O mundo escorre pelas mãos em segundos, temos a sensação de que tudo é um encanto passageiro. E a marca deste mundo líquido é o individualismo.
. Customização da fé
. Mercantilização das relações e dos costumes
. Cultura do descartável
1.2. Desafios
. O grande desafio dessa era pós-moderna e fluída é não se tornar volúvel nos pensamentos e ações. Não temos que só produzir, consumir, obedecer, comprar, usar, ler e jogar fora.
. Os mecanismos do sistema de interação humana continuarão sendo complexos e de cooperação, de engajamento mútuo entre as pessoas. Precisaremos das outras pessoas, da interação face a face, dos vínculos afetivos duradouros, da interdependência entre as comunidades e famílias.
1.3. Perspectivas
O que devemos fazer com tantas informações? Conhecimento e poder sempre andaram de mãos dadas, mas atualmente, a informação precisa ser filtrada, precisamos refletir sobre ela, nunca perder o senso crítico, focar no substancial. Devemos nos concentrar naquilo que é mais importante e emergente.
· Em virtude do enfraquecimento das instituições e tradições, cresce a responsabilidade pessoal. Em outras épocas, instituições e tradições protegiam bem mais os indivíduos.
· Nesta mudança de época, instituições e tradições tendem a ser socioculturalmente julgadas com base na ação dos indivíduos. Em tempos de perplexidade e incertezas, os discípulos missionários necessitam de retidão ainda maior e fidelidade a Cristo ao pensar, sentir e agir. Devem verificar se estão deixando de realmente defender, promover e testemunhar a vida em todas as suas dimensões.
· Nesse contexto sociocultural, o discípulo missionário não desanima nem se acomoda, mas reage segundo o espírito das bem-aventuranças (Mt 5,1ss), colocando-se atento na presença do Senhor (1Sm 3,9-10). Ele crê que o Espírito é a força de Deus presente na vida das pessoas e da comunidade eclesial e confia que Ele o conduz, orienta e ilumina. Não faltam sinais de esperança.
· Constata-se o avanço do trabalho de leigos na Igreja e na sociedade, ministros ordenados e membros da vida consagrada se dedicam com ardor à missão, comunidades respondem aos novos desafios, setores de juventude se organizam, crescem movimentos, associações, grupos, pastorais e serviços.
· “Os desafios existem para serem superados. […] Não deixemos que nos roubem a força missionária”. Eles oferecem oportunidade para discernir as urgências da ação evangelizadora. Este é um tempo para responder de modo missionário à mudança de época, com o recomeçar a partir de Jesus Cristo, através de “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, com “criatividade pastoral”. “O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova”.
2. OBJETIVOS: O ENSINAMENTO DE JESUS E A IGREJA (Julgar)
· Proclamar que o Reino de Deus chegou em nosso meio: Lc 4,18ss “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres”. Essa é a boa nova evangelho, isto é, boa notícia do Reino de Deus. Este é o cerne da missão de Jesus. E não podia ser diferente para a Igreja. O objetivo geral da Igreja no Brasil (DGAE) diz bem claro: EVANGELIZAR a partir de Jesus Cristo, a luz da evangélica opção pelos pobres, o Reino definitivo.
· E mais adiante no mesmo evangelho de Lucas vemos Jesus enviando os Doze (apóstolos), “...e enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar”. (Lc 9,2)
· A Igreja, fiel a Jesus Cristo, coloca-se a serviço do Reino de Deus. Os evangelhos apresentam o Reino como o centro da vida e da pregação de Jesus. “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Afirmar que o Reino de Deus está próximo é anunciar que Deus mesmo está próximo. Seu reinado significa sua atuação salvadora e sua proximidade paterna e misericordiosa para com todos, especialmente para com os pobres, marginalizados e sofredores de todo tipo. Por isso, a pregação e a conduta de Jesus suscitaram surpresa, fascínio e entusiasmo, mas despertaram também suspeitas, fechamento, escândalo e ódio.
· O Reino de Deus não é apenas a mensagem de Jesus. Ele mesmo é a chegada desse Reino. Sua mensagem e sua pessoa são inseparáveis. Nele, o Reino é dado gratuitamente (Mt 21,34; Lc 12,32), é deixado em herança (Mt 25,34; Lc 22,29). Cabe ao discípulo acolhe-lo por meio da conversão e da fé (Mc 1,15). Como afirma o Papa Francisco, “o primado é sempre de Deus”, “a verdadeira novidade é aquela que o próprio Deus misteriosamente quer produzir”, “a iniciativa pertence a Deus”.
3. AS AÇÕES: A COMUNIDADE PAROQUIAL E OS CATEQUISTAS (Agir)
3.1. Não tem receita pronta
· Formações, retiros, escola de evangelização tudo isso continua a ser válido e faz parte irrenunciável para quem quer ser um bom catequista. Mas é preciso acrescentar um elemento, que foi meio abafado por conta, talvez da “burocratização” do trabalho catequético nas nossas paróquias. O trabalho rotineiro foi minando a motivação e a criatividade.
3.2. A dimensão missionária da Igreja.
· O Papa Francisco teve essa inspiração que nos dá a direção exata por onde devemos caminhar na catequese: A igreja deve sair de si mesma, rumo às periferias existenciais. Uma igreja auto referencial prende Jesus Cristo dentro de si e não o deixa sair. É a igreja mundana, que vive para si mesma. (9 de março de 2013)
"Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo: os estilos, os horários, a linguagem, numa atitude constante de saída" (Evangelii Gaudium 26-27).
· Catequese missionária: “Saiamos, para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que, muitas vezes, disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada, por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. (Evangelii Gaudium- 49)
· Família: Envolver as famílias neste processo catequético
· Grupo de catequistas: O catequista é convidado a “viver sua experiência cristã e sua missão dentro de um grupo de catequistas. O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética” (CR 151).·É no grupo que se faz experiência de convivência fraterna, onde se aprofunda a fé, se celebra e reza junto. Participando do seu grupo, o catequista já está em processo formativo. O grupo ajuda a desfazer medos, inseguranças no início da caminhada e ao longo dela.
· Músicas, histórias e teatros: Os episódios mais importantes da bíblia e da vida da igreja e da paróquia podem ser ilustrados através dessas artes.
· Metas: Planejamento e organização. Sem isso a catequese não chega onde queremos. Um conjunto de atividades articuladas entre si que vão ser avaliadas e julgadas ao longo do caminho catequético paroquial.
2º Tema: CATEQUESE JUNTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
(Palestra de Sandra em 24/01/2018) -
Sandra falou sobre sua história de vida. Uma menina que teve poliomelite e perdeu o movimento das pernas, mas não a alegria de viver.
Desde cedo, precisou batalhar muito para conseguir as coisas, mesmo dentro de casa. Ainda criança precisou convencer o pai do seu direito de estudar e passaram a levá-la à escola no colo - o que era muito custoso
, porque ela não usava muleta nem cadeira de rodas. E assim foram inúmeras outras situações, sempre agindo com coragem e firmeza, mostrando o direito à assessibilidade, diante de tantas dificuldades que lhe são impostas. E nos fez perceber que a própria pessoa com deficiência pode mostrar-nos a melhor forma de atendê-la, não apenas ajudá-la.
Com toda essa disposição e alegria, hoje, Sandra é representante da causa das pessoas com deficiência em várias instâncias.
Que Deus a abençoe a continuar nos ensinando e encantando com seu testemunho de esperança, coragem e de fé!
3º Tema: A VOCAÇÃO DO CATEQUISTA
(Palestra de José Rosildo Santos em 25/01/2018) - Anotações de Antonio Caldeira*
* Devemos ser o reflexo de Jesus Cristo. (Rosildo Santos)
* A luz é JESUS CRISTO que brilha através de nós. Estamos aqui para iluminar. (Rosildo Santos)
* Se no futuro, não tiver catequista, ninguém irá conhecer e se apaixonar por Jesus Cristo. (Gerlane Siqueira)
* O catequista é o alicerce que faz a comunidade crescer. (Cristiano).
Cada vez que participamos da Semana Catequética, a espiritualidade cristã floresce em nosso meio. Ótima formação! Amanhã tem mais!
4º Tema: CATEQUESE E LITURGIA
(Palestra de Pe. Diogo Shishito em 26/01/2018) – Anotações de Antonio Caldeira*
* Não adianta fazer a experiência, sem o conhecimento por trás. (Pe. Diogo Shishito)
* A catequese é um processo que nos torna discípulo missionário. (Pe. Diogo Shishito)
* A catequese se não estiver ligada à liturgia, será um pacote de bolacha vazio
* A catequese se não tiver ligado a liturgia. (Pe. Diogo Shishito)
- oie
Hoje a Semana Catequética terminou com chave de ouro, com o gostinho de “quero mais”! Aprendemos a forma e diferença de abordagem da Catequese e da Liturgia. Tudo ligado com a oração inicial: João 3 e o canto em oração (“A nossa missão” da Adriana Arydes.)
Parabéns a todos que organizaram e participaram! Bebemos de uma água viva!
Agora partir para missão! Deus nos abençoe!
Hoje a Semana Catequética terminou com chave de ouro, com o gostinho de “quero mais”! Aprendemos a forma e diferença de abordagem da Catequese e da Liturgia. Tudo ligado com a oração inicial: João 3 e o canto em oração (“A nossa missão” da Adriana Arydes. Parabéns a todos que organizaram e participaram! Bebemos de uma água viva! Agora partir para missão! Deus nos abençoe!